Oficina As Mil e Uma Noites no século XXI

Presencial em São Paulo

Quando - 24, 25 e 26/7, das 9h às 12h.

Onde - N'A Casa Tombada - Rua Caiubi 333 - Perdizes - São Paulo/SP

Mapa - https://maps.app.goo.gl/RRcajgqConFBoUQW9

Investimento -  R$ 480,00 (com 10% de descontos para estudantes e ex-estudantes d'A Casa) - solicite o cupom de desconto 

No século XXI "As Mil e Uma Noites" ainda podem nos inspirar?

Acredito que sim!

Não é novidade que a função dos contadores de histórias tem sido abordada exaustivamente nos últimos tempos. Isso é realmente necessário, pois estamos num mundo em francas e rápidas mudanças.

Portanto, o objetivo desta oficina é propor mais um ângulo pelo qual poderemos abordar e refletir sobre a função dos contadores hoje. Tendo como referência Schéherazade, a heroína das Mil e Uma Noites, que contando

histórias, transformou um Sultão e seu Reino, podemos nos perguntar: Quais foram suas estratégias? Elas podem nos orientar no mundo atual?

“Sempre que a humanidade esteve à beira do precipício, os contadores de histórias reapareceram.” Michel Hindenoch

A afirmação de Hindenoch nos convida a definir, antes de tudo, o "abismo" diante do qual nossa sociedade "está à beira". A partir daí, como poderíamos exercer nossa função na arte de contar histórias, de forma a contribuir para mudanças necessárias à construção de um mundo melhor?

"As 1001 noites antecipam à perfeição as grandes tendências do fundamentalismo contemporâneo, pois tudo que se desenrola antes da aparição de Schéherazade descreve [um] estado de barbárie (...) Só a intervenção de Schéherazade com sua maestria do verbo (...) levará Sharear e seu reino à humanidade.” Martine Goslan

A afirmação de Goslan nos aponta um caminho: este que trata das estratégias de Schéherazade ao selecionar os contos mais adequados a cada situação. Suas estratégias se provaram eficazes não apenas na mudança de rumos do reino de Sharear, um sultão violento; misógino; injusto. Mas também inspiraram a França do século XVII, fermentando a "Revolução das Saias" que contribuíram para o desfecho da Revolução Francesa. Daí que se diz: “Os homens dominaram a Bastilha e as mulheres dominaram o Rei.” 

Refaço então a pergunta: 

Seria possível nos inspirarmos nas estratégias de Schéherazade para fazer face ao estado de coisas que assistimos hoje?

Como contadora, eu penso que sim!

24/07 - Encontro 1 - 3h

Explanação sobre a situação do reino de Sharear e as estratégias de Schéherazade. Abaixo a sugestão de alguns temas presentes em nossa sociedade atual que poderiam ser abordados pela ótica da heroína. Outros temas poderão ser sugeridos e incluídos.

 - Guerras ao redor do mundo.

"As intolerâncias se acirram. Há mais de 50 guerras e conflitos hoje no mundo. Para as

Nações Unidas o mundo vive uma nova era de conflitos e violência.” (Bessa: NOVA

BRASIL)

 - Violência contra mulheres

"Atualmente a taxa de feminicídios no Brasil é registrada como a 5a mais alta do

mundo. Segundo o Mapa da Violência 20.155.” (Wikipedia)

 - A Palavra verdade se esvazia de sentido até chegar às fakenews.

"A notícia falsa é vista não apenas como um rompimento de informações, mas também

como um sintoma da destruição do espaço de deliberação que fundamenta o exercício

da democracia.” (Christian Salman)

 - O amor Eros se degenera em Pórnos

"Sexualidade consumista, economia do controle libidinal, indústria do sexo retificado,

paixão triste. Com a nova ordem moral, a liberação sexual desembocou no

conformismo, na pornografia e no tédio." (Alain de Benoist)

25/07 - Encontro 2 - 3h

Arte e Ofício da Narração de Histórias: Hoje, mais que nunca, esta arte deve estar a

serviço do ofício. Por que e como?

26/07 - Encontro 3 - 3h

Como escolher um tema a ser abordado e preparar um roteiro de apresentação. Trabalho

em pequenos grupos

Com exposição com suporte de slides, roda de conversa sobre o tema e trabalho em pequenos

grupos.

Gislayne Matos é Mestra em educação pela UFMG. Especialista em: Terapia Familiar Sistêmica, pela PUC Minas. Especialista em: Art en Thérapie et en Psychopédagogie - Diplôme d’Université pela Université René Descartes - Paris V - Sorbonne e INECAT- Institut National d’Expression, de Création, d’Art et de Thérapie - Paris. Formada em Interculturalidade pela Association Interferences Culturelles - Paris.

É Contadora de histórias e formadora de novos contadores, idealizou e criou os Projetos:

Convivendo com Arte, que promove a formação de novos contadores de histórias e o Projeto Noite de Contos para apresentação de contos de todas as culturas e tradições, que teve apresentações mensais no Palácio das Artes-BH entre 1994 e 2000. Foi coordenadora da pós graduação lato sensu no IEC-PUC-Minas: "Arte da palavra da oralidade à escrita". Foi consultora do Banco Interamericano de desenvolvimento - BID e Secretaria do Desenvolvimento Social do Paraná - SEDS para elaboração de Coleção Temática: Contos de Tradição Oral, voltada para trabalhos com famílias em situação de vulnerabilidade social. Publicou livros sobre o tema dos contos de tradição oral e artigos em revistas especializadas, no Brasil e França.

E-mail: cursosgis.matos@gmail.com 

Site:http://www.gislaynematos.com.br

Instagram: @gislaynematoshistorias 

Youtube:Gislayne Matos O céu das estrelas fixas