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Ciclo de estudos Fabulações singulares sobre origens plurais

Ciclo de estudos Fabulações singulares sobre origens plurais

Ciclo de estudos online
  • Início das vendas 03/02/2025
  • 30 horas de carga horária
  • 2 aulas
  • 2 módulos de conteúdo
  • Última atualização 04/02/2025
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Sobre o Curso

100% online

de 25/03 a 04/04/25

9 dias, 9 pessoas trazendo suas fabulações

Curadoria de Edith Derdyk


O próximo Ciclo de Estudos de A Casa Tombada, coordenado pela artista, educadora e escritora Edith Derdyk tem como isca o título: fabulações singulares sobre  origens plurais  

Pesquisadores, artistas e educadores de campos e matrizes distintas, foram convidados a se debruçar sobre os mitos de fundação que constelam suas experiências, saberes e práticas, reavivando memórias de ordem existencial, ancestral, histórica, sociocultural, cosmogônica que modulam e mixam nossa breve presença pelo tempo, mirando horizontes possíveis de ascenderem como fabulações do porvir.  

Olhar para as origens será um modo de lavrar nossos passos em direção ao futuro, reatualizando as palavras de Ailton krenak : o futuro é ancestral  

Quais são as narrativas de origem construídas, indexadas, aniquiladas, instituídas, acordadas, reinventadas, ressuscitadas, vislumbradas, adormecidas, invisibilizadas, instauradas que insinuam as nossas existências?  

O Ciclo fabulações singulares sobre  origens plurais  irá acontecer em 9 encontros  consecutivos entre dias 25 de março e 4 de abril, das 19h30 às 21hs, marcando um ritmo, uma duração, um ritual diário para que nossos encontros abram clareiras  na floresta e alcancem oásis no deserto.



Como o Ciclo (nos) acontece 

9 dias seguidos, online e ao vivo de 25/03 a 04/04/25

9 Encontros das 19h30 às 21h

Se você não puder assistir a todos os encontros ao vivo, informamos que eles são gravados e disponibilizados em nossa plataforma de estudos. Os participantes inscritos no ciclo terão 3 meses de acesso às gravações, além do certificado digital de 30h. 


Plataforma de Estudos

Um território de muitos encontros e a guardiã das nossas memórias no ciclo. A Plataforma Digital exclusiva d’A Casa Tombada permite que estudantes possam acessar todos os conteúdos disponibilizados ao longo do ciclo.






Encontro 1 – 25/03 – Terça-feira - Edith Derdyk : o risco do mundo

O primeiro signo visual intencionalmente inscrito em alguma superfície, denotando a passagem de um corpo, é um risco. Um vestígio, uma marca, um traço, um gesto. Será o ato de desenhar - grafar e gravar sinais em superfícies - nossa memória viva ancestral? Como atualizar o senso de origem que nos habita?  

Edith Derdyk artista, escritora e educadora. Tem realizado exposições coletivas e individuais desde 1981 no Brasil (MAM_SP/RJ; Pinacoteca do Estado de SP, CCBB_RJ; MASP, CCSP, Instituto Tomie Ohtake, entre outras) e no exterior (México, EUA, Alemanha, Dinamarca, Colômbia, Espanha, Portugal, França, Suécia). Contemplada por Prêmios/Bolsas, entre os quais: Pollock-Krasner Foundation_2022; Doctora Honoris Causa_17,Instituto Estudios Criticos_México; Bolsa Vitae de Artes e APCA_2003; The Rockfeller Foundation_Bellagio Center, Itália. Autora dos livros O corpo da Linha_Relicário; Da língua e dos dentes_Urutau;A pesar, a pedra_Patuá;  Linha de Horizonte_Intermeios; Formas de pensar o desenho; Linha de Costura entre outros. Atualmente coordena  a Pós Graduação Lato Sensu  “Caminhada como método para Arte e Educação” na A Casa Tombada.  Para acessar o trabalho da artista: https://issuu.com/livroedithderdyk/docs/livro_edith_derdyk 

http://cargocollective.com/edithderdyk



Encontro 2 – 26/03 – Quarta-feira - Chis Greiner:  o movimento como origem da vida e o nascimento do pensamento coreográfico

Há séculos cientistas e filósofos buscam definir vida, mente e linguagem. O que acontece quando as dicotomias natureza/cultura são abandonadas para focar no movimento e na importância do pensamento coreográfico como dispositivo fabulatório para inventar mundos, repensando a noção de origem a partir da descentralização das subjetividades e da dança?

Christine Greiner é professora livre-docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, onde ministra disciplinas na graduação em Artes do Corpo, e no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, no qual coordena o Centro de Estudos Orientais. Autora de livros sobre cultura japonesa, arte e filosofia do corpo, entre os quais Leituras do Corpo no Japão e suas diásporas cognitivas; O corpo: pistas para estudos indisciplinares; Corpos crip: Instaurar estranhezas para existir; Fabulações do corpo japonês. 



 

Encontro 3 – 27/03 – Quinta-feira - Giuliano Tierno: Gilgamesh ou fabulações originárias sobre a condição humana e seus limites

Ler/narrar/fabular a epopeia de Gilgamesh (obra atribuída a Sin-léqi-unnínni, séc. XIII, Antes da Era Comum). próximo de seu título em língua portuguesa: aquele que o abismo viu. Ver o abismo como um disparador de se pensar a condição humana e a potência de fabular - de maneira partilhada - os limites da duração da existência.

Giuliano Tierno, Doutor e mestre em Artes pelo Instituto de Artes da UNESP. Pós-doutorando do Programa de Arte, Mídia e Sociedade da Escola de Artes e Ciências Humanas - USP/Leste. Sócio-fundador d'A Casa Tombada - Centro de Estudo e Pesquisa em Arte, Educação e Cultura. Curador de Festivais de Narração de Histórias. Autor de livros na área de Linguagem e Educação. Curador de Festivais sobre Narração de Histórias como Prática Artística, destacando-se Oralidades (SESC/Santos 2019); Encontro Nacional de Contadores de Histórias de Londrina/PR (2022, 2023 e 2024); Colóquio Internacional de Narração Artística pelo Centro de Pesquisa e Formação do SESC/SP (2024). 




Encontro 4 – 28/03 – Sexta-feira - Alexandre Herbert: a história da tecelagem: as memórias do corpo

A tecitura do tema se entrelaça às memórias corpo. Tecido da vida cotidiana desde tempos remotíssimos. A trama em trânsito, da ciência à poesia, nos possibilita uma variedade de pensamentos e reflexões. Nosso encontro visa tecer como a história da tecelagem nos enreda em  significados, experiências e  transformações.

Alexandre Herbert é natural do Juazeiro do Norte. Artista, Professor, Tecelão-Performer. Mestre em Artes no PPGArtes, na Linha Arte, Experiência e Linguagem, orientação Prof.ª Dra. Maria Luiza Fatorelli. Licenciado em Artes Visuais pela Faculdade Paulista de Artes (2018). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em tecelagem e educação, atuando principalmente nos seguintes temas: pesquisa, produção, prática, ensino e reflexões das tramas experimentais e uso das linhas e dos fios no contemporâneo.Finalista e Menção honrosa nos 31º e 27º Prêmio de Design MCB - Museu da Casa Brasileira. Tem realizado exposições e performances tais como Campos Alterados – cubo branco< cubo verde, MAC-USP, 2015/2016; Ô DE CASA - Mostra SESC Cariri de Culturas, Crato/CE; Trama São Paulo, Galeria Melissa, SP-Arte, 2017; Cortejo Tecido, SESC Campinas, 2018; ENTRE-LAÇADOS, A CASA Museu do Objeto Brasileiro, 2018; Ofício de Tecelão, SENAC Fortaleza, 2019; Tecido Humano, SESC Paraty, RJ. 2019; Ofício de Tecelão 2020; Nó que dá a volta ao Mundo, MAB-FAAP, 2022; Linhas de Afeto: Dia de Reis, festa das tramas, 2023, Juazeiro do Norte, CE; Série Roupas para Não Vestir, Sobral, CE. 2023 bemcomo coletivas tais como Do sertão do Cariri a Terê, Teresópolis, RJ, 2023; Dancitura, a trama em trânsito, 2024. Juazeiro do Norte- CE. Residência Artistica FITE/SESC – Clermont-Ferrand, França.




Encontro 5 – 31/03 – Segunda-feira - Roberta Ferraz: as origens do Diabo na mundividência cristã

Curioso notar como o diabo ocupa uma posição solitária, em relação a outras culturas religiosas, na figuração do mal. Diferentemente das religiões vividas no Oriente Próximo, no contexto que se fez berço ao cristianismo, o mal enquanto diabo vai sendo enunciado de modo torto e tumultuoso, simultaneamente necessário e não inerente à própria criação. Outras cosmogonias ilustram um princípio ativo desorganizador – caos, securas, dilúvios, etc – que sempre fará frente à ciclicidade da ordem – o cosmos. No caso cristão, porém, o Diabo precisa estar no início – para justificar o sentido inerente da graça, que é a significação mais profunda do advento de Cristo – mas não pode fazer parte da criação divina, que é todo bem, unidade benéfica sem cisão.

Neste encontro iremos acompanhar um breve excurso sobre os imbróglios teológicos que testemunham a invenção híbrida e sempre problemática do diabo, e dos ajustes contextuais políticos que o vão moldando ao longo da idade média, culminando com seu apogeu contraditório no mundo moderno, quando o ápice da caça às bruxas coincide com a preparação do mito fáustico, que conduzirá o diabo para outros campos da linguagem, tornando-se, a partir daí, símbolo da consciência dupla, cindida, irônica do próprio sujeito, vinculado mais ao campo filosófico e literário do que às suas narrativas de origem, fundamentalmente religiosas

Roberta Ferraz tem graduação em História (USP) e Letras (PUC/SP); Mestrado e Doutorado em Literatura Portuguesa, nos quais estudou a relação entre mitos culturais, literatura e aspectos do sagrado, principalmente em autores como Teixeira de Pascoaes e Fernando Pessoa. Desde 2011 ministra cursos sobre cultura, história e literatura em diversos espaços culturais e online. É autora de seis livros de ficção, entre eles Saturação de Saturno (RJ: Oficina, 2013). Seus projetos podem ser acompanhados pelo IG robertaferraz_leituras




Encontro 6 – 01/04 – Terça-feira - Laerte Sodré Origens: o universo como um objeto da física

Iremos traçar uma história da evolução de nossa idéia sobre a natureza do universo do ponto de vista da Física e da Astronomia, começando com a consolidação, pelos gregos, de um modelo de relojoaria para descrever o movimento dos astros visíveis a olho nu, passando pela revolução científica e cultural copernicana, apresentando a primeira teoria cosmológica física, devida a Albert Einstein, e concluindo com uma avaliação das ideias e evidências da cosmologia contemporânea. 

Laerte Sodré Jr. é físico e astrônomo pela USP, com pós-doutoramento no Royal Greenwich Observatory em Cambridge, Inglaterra. É professor titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, onde já foi Diretor. Trabalha na área de Astronomia, com ênfase no estudo de galáxias e na aplicação de técnicas de inteligência artificial ao estudo de grandes surveys de galáxias. Coordena o projeto Telescópios na Escola, que permite a estudantes e professores de ensino fundamental e médio das escolas do país desenvolverem pequenos projetos científicos usando uma rede de telescópios que podem ser controlados em tempo real via internet. Também coordena a SPAnet - São Paulo Astronomy Network -  e o projeto GMT/FAPESP, que participa da construção do Giant Magellan Telescope, um dos telescópios gigantes de nova geração.



 

Encontro 7 – 02/04 – Quarta-feira - Jaa Torrano: Teogonia, a Origem dos Deuses

Na Teogonia de Hesíodo, o mito e culto das Musas fundam mediante o canto o ilatente conhecimento da origem e estrutura do mundo como o devir dos Deuses com quatro fases e quatro zonas cósmicas, quatro linhagens de Deuses cujos domínios foram fixados por Zeus através de quatro combates.

Jaa Torrano é professor titular aposentado e professor sênior da FFLCH-USP. Publicou entre outros livros Hesíodo Teogonia a Origem dos Deuses (Iluminuras), O Pensamento Mítico no Horizonte de Platão (Madamu), Mito e Imagens Míticas (Madamu). Como pesquisador bolsista CNPq estudou e traduziu todas as tragédias de Ésquilo (Iluminuras), de Sófocles (Ateliê/Mnema) e de Eurípides (Editora 34). 




Encontro 8 – 03/04 – Quinta-feira - Edson Krenak: origens xamânicas e o ativismo eco-político nas novas pedagogias Identitárias

As Origens Xamânicas do ativismo e evolução das novas pedagogias Identitárias. Uma reflexão sobre as origens e evolução de imaginários indígenas que desafiam os paradigmas de cidadania e das eco-políticas atuais. Propomos uma interpretação das práticas cerimoniais indígenas, pajelanças e xamânicas como políticas, pois funcionam como narrativas de resistência e reafirmação de identidade em contextos de tensão, fabulações intraduzíveis, opressão e até de apagamento cultural. 

Edson Krenak é ativista indígena, acadêmico e escritor. Atualmente, é doutorando em Antropologia Jurídica na Universidade de Viena, na Áustria. Edson também é formado em Linguística e Teoria Literária pela Universidade Federal de São Carlos, no Brasil. Desde 2013, Edson colabora com o Instituto Uk’a de Arte e Cultura Brasileira, onde compartilha sua experiência como palestrante. Em 2016, Edson tornou-se o 10º vencedor do prestigiado Prêmio Nacional Tamoios para Escritores Indígenas pelo seu livro O Sonho de Borum. Seu conto, "Kren e Pokrane: Por Que o Povo Krenak Não Tinha Gêmeos," foi incluído na antologia recomendada pela UNICEF em 2018, Nós: Antologia de Contos Indígenas. Desde 2019, Edson Krenak atua como Coordenador de Defesa dos Direitos Indígenas na Cultural Survival (CS), uma organização de direitos indígenas com sede nos EUA. Desde maio de 2024, ele é membro-at-large do Conselho da SALSA (Society for the Anthropology of Lowland South America) para o período de 2024–2027.  



 

Encontro 9 – 04/04 – Sexta-feira - Fabio Scarano: memória, atenção e antecipação

Clarice Lispector dizia que “somos seres concomitantes”, somos passado, presente e futuro ao mesmo tempo. Nessa conversa, iremos abordar a crise da imaginação. Numa sociedade com baixa atenção e cujas memórias foram apagadas, há muita dificuldade em se imaginar futuros que não sejam colonizados pelo presente e antecipar, tomando ações transformadoras. Histórias de origem e de utopias ligadas à Baía de Guanabara serão usadas como exemplo da necessidade de voltarmos a perceber o tempo como um só.

Fabio Rubio Scarano é Curador do Museu do Amanhã, titular da Cátedra Unesco de Alfabetização em Futuros, e Professor Titular de Ecologia da UFRJ. Engenheiro Florestal e Ph.D. em Ecologia, Fabio atuou nos painéis da ONU para o clima (IPCC) e biodiversidade (IPBES)e foi dirigente no Jardim Botânico do Rio, na Conservação Internacional e na Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável. Recebeu dois Prêmios Jabuti de Literatura na área de Ciências Naturais. Seu livro mais recente é Regenerative Dialogues for Sustainable Futures (Springer, 2024). 


Investimento

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Descontos especiais

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Para quem já estuda n'A Casa - estudantes e ex estudantes de pós-graduações e ciclos de estudos

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Bolsa de Estudo

A Casa Tombada, como parte de suas ações para o enfrentamento às desigualdades históricas, ao racismo e às violências estruturais, oferece bolsas integrais de estudo para pessoas negras, indígenas, trans e com deficiência.

Prazo de solicitação de bolsa até o dia 10/03/25

Leia a carta edital: https://drive.google.com/file/d/19uHJpiwj3TtYfVr1FgZzpDRwA8h0rgku/view?usp=drive_link

Preencha o formulário de solicitação: https://forms.gle/TL3eptv5LDNuaCAY8

Os estudantes contemplados receberão as informações dos próximos passos por e-mail e WhatsApp após o dia 10/03/25



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