Oficina Online - O Livro para as Infâncias: Literatura, Leitura, Mediação

Sobre a Oficina

"E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?". 

Para muitos, essa frase de José Saramago em A Maior Flor do Mundo (Companhia das Letrinhas, 2001) ainda pode transportar a um lugar desconhecido ou pouco visitado. Nas últimas décadas, no entanto, educadores, famílias, pesquisadores vêm se interessando ainda mais pelo assunto, assumindo por aí “até eu leio literatura infantil”. O que será que houve? Por que obras criadas “para crianças” se tornaram mais “interessantes” e o que vem causando no processo de leitura das crianças hoje? Amplia o acesso das leitoras e dos leitores de “pouca idade”? Em quais corpos-leitores esse adulto leva em consideração quando escolhe um livro para as crianças? Será que pensa em si mesmo como leitor/leitora também? 

As pesquisadoras Ananda Luz e Cristiane Rogerio irão conversar sobre estas e outras perguntas neste curso imersivo de três noites seguidas, mas com o desejo de um sem-fim para boas reflexões. 

ONLINE - via Zoom

Data - 26, 27 e 28 de Janeiro de 2026

Horário - 19h30 às 21h30

ENCONTRO 1 - 26/01/26  

POR QUE CHAMAMOS DE LIVRO “PARA AS INFÂNCIAS”?  - com Cristiane Rogerio

ENCONTRO 2 - 27/01/26 

E COMO ESSE LIVRO CHEGA NA RODA?  - com Ananda Luz

ENCONTRO 3 - 28/01/26

COMO E ONDE A FORMA E O CONTEÚDO SE ENCONTRAM? 

- com Ananda Luz e Cristiane Rogerio

Ananda Luz é educadora, pesquisadora e curadora. Tem atuação no campo da Educação, Infâncias, Relações Étnico-Raciais e Literatura Infantil. Pedagoga, mestra em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER-UFSB) e especialista no Livro para infância n’A Casa Tombada, instituições em que desenvolveu pesquisas sobre literaturas infantis e educação antirracista. Atua como professora e nas coordenações coletivas das pós-graduações O Livro Para Infância e Educação e Relações Étnico-Raciais n’A Casa Tombada-SP. Realiza curadoria de acervo literário e artístico e consultoria na área de atuação. Foi curadora da Flikids (2024 e 2025), FliMuniz - um (re)encontro com a ancestralidade (2025). Fez a curadoria do acervo das bibliotecas da Ong. Vaga Lume — 2022 e do projeto Bamberê — entre livros e infâncias, para as bibliotecas de Muniz Ferreira-BA, Zeferina Beiru /Salvador e CEU's - Santo Antônio de Jesus-BA. Fez a curadoria artística das exposição Karingana - presenças negras no livro para as infâncias no Sesc Bom Retiro (julho/2023 até março/2024) e Sesc Piracicaba (maio/2025 até novembro/2025) e do I Prêmio de Literatura Infantojuvenil Quilombola Cigana, promovida pelo MIR e Diversifica/UFRB, onde também fez parte da elaboração e coordenação. Com Jéssica Silva criou o videocast Odú: Arte e Territorialidade, onde entrevistou artistas negros/as, indígenas e afro-indígenas da Bahia. Participou da elaboração, pesquisa e escuta na construção dos livros “Eu devia estar na escola” e "Para Crescer e Ser Feliz", pela editora Caixote em parceria com a Redes da Maré. Realiza os podcasts Coreto Sonoro sobre ciência e arte com Marcus Matraca, uma extensão da UFRB e Livros e Infâncias com Cristiane Rogerio. 

Cristiane Rogerio é jornalista e educadora. Mestra em Arte Educação pelo Instituto de Artes da UNESP, publicou sua dissertação de mestrado em O Livro Para a Infância - caminhos que se entrelaçam, lançado pela Editora Quatro Cantos, em 2025, onde narra a criação, os caminhos e aprendizados na construção e exercício do curso de pós-graduação lato sensu O Livro para a Infância,  n’ A Casa Tombada, desde 2016. Sua jornada de pesquisa começa em 2005 na revista Crescer, em que por 8 anos foi editora e hoje atua como colunista e curadora da lista Os 30 Melhores Livros Infantis do Ano. Autora de Carmela Caramelo (com André Neves, pela Editora Cortez) e Bebês do Brasil (com a Crescer, pela Editora Globo), hoje também co-coordena o curso de pós-graduação Criação de Livro Ilustrado - experimentações e repertório para produções autorais, também n’ A Casa Tombada. Foi uma das tutoras do Programa Quem Lê Sabe Por Quê, da Secretaria Municipal de Educação, com trabalhos sobre formação de mediadores de leituras nos CEUs de São Paulo/SP. Fez parte da formação dos mediadores da exposição Eva Furnari – Otrapalhaçaã e da exposição André Neves Em Caminhos em unidades dos Sescs de São Paulo. Colabora com cursos e atividades na rede Sesc-SP e outros espaços de educação e culturais. Com Ananda Luz, realiza o podcast Livros e Infâncias. 

Para professores/as, mediadores/as de leitura, ilustradores/as, bibliotecários/as, escritores/as, coordenadores/as pedagógicos, editores/as, críticos/as literários… Para todas as pessoas que amam, estudam, criam e se interessam de alguma maneira pela relação entre livros, infâncias, arte e educação.