Os livros para as infâncias: um panorama dos últimos dez anos

Presencial n'A Casa em Julho

Dias 16 e 17 de julho 

quarta e quinta-feira das 19h30 às 22h

N'A Casa Tombada - Rua Ministro Godói 333 - Perdizes

Mapa - https://maps.app.goo.gl/fmkRF9BvuijBU4mG9

Investimento - R$ 480,00

vagas limitadas

Sobre o curso

É possível definir o livro para a infância nos dias atuais? Houve muitas transformações neste ecossistema do livro para as infâncias nestes últimos dez anos? O que ainda é? O que expandiu? Quais termos e debates chegaram? Quais autores e autoras chegaram? O que cada um que chega traz?

O curso pretende realizar uma conversa sobre os livros para as infâncias na contemporaneidade e o quanto é necessário reflexões pluriversais sobre este objeto que tanto nos encanta. É preciso, hoje, pensar sobre bibliodiversidade, autoria, materialidade, relações, mediações, circulações e a quem se destina, as infâncias.

Para isso teremos um curso de dois dias, no primeiro momento Ananda Luz e Cristiane Rogerio irão trazer este panorama desta década (2015-2025) e, no segundo dia, elas convidaram as artistas-pesquisadoras Heloisa Pires Lima e Lúcia Hiratsuka sobre como elas percebem essas mudanças e, principalmente, o que nos move que são as histórias para as infâncias que elas escolheram para habitar os livros.  

Encontro 1 - o quanto (nos) aconteceu na última década com os livros e as infâncias no Brasil?, com Ananda Luz e Cristiane Rogerio 

Encontro 2 - tempo para experimentar, sempre: uma conversa com Heloisa Pires Lima e Lúcia Hiratsuka, duas das grandes autoras brasileiras dedicadas às infâncias, com Ananda Luz e Cristiane Rogerio

Ananda Luz é educadora, pesquisadora e curadora. Formada em pedagogia com mestrado em Ensino e Relações Étnico-Raciais. Cursa o doutorado em Difusão do Conhecimento (UFBA-IFBA-UNEB).  Atua nas coordenações coletivas da pós-graduação O Livro Para Infância e Educação e Relações Étnico-Raciais n’A Casa Tombada-SP. Realizou a curadoria da Exposição Karingana – presenças negras no livro para as infâncias no SESC – Bom Retiro. Jurada dos 30 Melhores Livros do Ano da Revista Crescer (2024, 2023, 2022 e 2021) e do Leia com uma criança do Itaú 2023. Curadora de acervos literários como o projeto Bamberê – entre livros e infâncias (SAJ, FLiMuniz e Biblioteca Comunitária Zeferina Beiru) e da Ong Vaga Lume (2022). Curadora e criadora com Jéssica Silva do projeto, Odú: Arte e Territorialidade. Foi escriba com Isabel Malzoni do livro “Eu devia estar na escola”, editora Caixote, em parceria com a Ong. Redes da Maré. É uma das autoras do livro Infâncias e Leituras – presenças negras e indígenas na literatura infantil, organizado por Márcia Licá pela editora Pulo do Gato. Foi curadora com Emília Nuñez da Flikids e é curadora da FliMuniz. Hoje está à frente dos podcasts Livros e Infâncias com Cristiane Rogerio e Coreto Sonoro com Marcus Matraca. 

Cristiane Rogerio é jornalista e educadora. Mestra em Arte Educação pelo Instituto de Artes da UNESP, publicou sua dissertação de mestrado em O Livro Para a Infância - caminhos que se entrelaçam, lançado pela Editora Quatro Cantos, em 2025, onde narra a criação, os caminhos e aprendizados na construção e exercício do curso de pós-graduação lato sensu O Livro para a Infância,  n’ A Casa Tombada, desde 2016. Sua jornada de pesquisa começa em 2005 na revista Crescer, em que por 8 anos foi editora e hoje atua como colunista e curadora da lista Os 30 Melhores Livros Infantis do Ano. Autora de Carmela Caramelo (com André Neves, pela Editora Cortez) e Bebês do Brasil (com a Crescer, pela Editora Globo), hoje também co-coordena o curso de pós-graduação Criação de Livro Ilustrado - experimentações e repertório para produções autorais, também n’ A Casa Tombada. Colabora com cursos e atividades na rede Sesc-SP e outros espaços de educação e culturais.

Heloisa Pires Lima é gaúcha de Porto Alegre, é doutora em antropologia social. Desde 1995 ela atua no circuito editorial, ora escritora, ora editora ou, pesquisadora da área. A origem continental africana é o destaque em suas abordagens. Em especial, vale lembrar de alguns marcos da trajetória editorial de Heloisa. Ela coordenou a coleção Orgulho da Raça (ed Memórias Futuras,1995), criou e foi editora da Selo Negro Edições - Grupo Summus editorial (1998-2002), consultora do programa Livros Animados-Canal Futura/ Fundação Roberto Marinho, inserido no Guia de Tecnologias Educacionais do MEC (2004-2006). Mais recentemente, vem desenvolvendo consultorias tanto na esfera pública (MEC e SMEs), privada, quanto Ongs nacionais e internacionais (Unesco, Ceert, Cenpec.). É Conselheira da Casa Sueli Carneiro onde está curadora do Rodas Literárias. Recentemente, ministrou cursos relacionados à área editorial no A Casa Tombada onde é professora convidada para a pós-graduação - O livro para a Infância. Coordenou o Catálogo da exposição Karingana/ SESC Bom Retiro. Jurada do prêmio Jabuti 2022. Autora de trinta títulos, entre eles, Histórias da Preta (Cia das Letrinhas, 1998) e, O catavento selecionado para os 30 melhores do ano 2024/ Revista Crescer. Destaque Emília/ Selo Emília – Reconhecimento pela excelência literária. Selo Altamente Recomendável FNLIJ. Em 2024, Heloisa foi agraciada com o Prêmio Luiza Mahim/ Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania concedido no 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino - Americana e Caribenha.

Lúcia Hiratsuka nasceu no sítio Asahi (Duartina SP), onde rabiscou sonhos no quintal. Graduou-se pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e completou seus estudos na Universidade de Educação de Fukuoka, Japão, com foco nos livros ilustrados. Publicou diversos livros pelos quais recebeu importantes prêmios, como: Melhor Livro para Crianças FNLIJ em 2015 por Orie, também na lista de honra da IBBY-2016, Prêmio Literário da Biblioteca Nacional 2018 Literatura Infantil e JABUTI 2019 de ilustração por "Chão de Peixes". Em 2022 lançou "Amanhã" pela Pequena Zahar.