Uma Aula - Escutas do rio: Gestos de cuidado e escuta do mundo

Sobre a aula

O objetivo desta aula é construir uma reflexão acerca da escuta como relação sensível com o mundo e do cuidado como gesto de conservação da vida e exercício político cotidiano. Como referência desse conhecimento e também como fonte de inspiração, vamos recorrer ao Brasil Profundo e às suas Comunidades Tradicionais, bem como a diferentes disciplinas que identificam a escuta como uma representação do cuidado. Como metáfora, teremos como companheira a imagem de um rio e seu tempo de nascer, percorrer e desaguar - um rio que se põe em relação com seus habitantes, um rio que cuida, um rio que escuta.

17/10/25 - das 20h00 às 21h30

Gratuito - Online via zoom

"Viajei o Brasil procurando pistas sobre o que significa Cuidar. No meio do caminho, entre tudo o que encontrei, descobri que em comum ao gesto do cuidado há um tempo para a escuta. Um tempo que se transformou em uma referência para minha vida. Uma relação sensível com o mundo, uma possibilidade de reencantamento com uma vida que muitas vezes se desenha em linhas endurecidas. A escuta é um caminho para a dignidade. A Escola Aberta do Cuidado, iniciativa que fundei em 2022, é o resultado dessa caminhada que se manifestou em minha pesquisa acadêmica, mas, sobretudo, nas marcas que um Brasil que escuta deixou em meu corpo" - Rodrigo Carancho.

Rodrigo Carancho é fundador da Escola Aberta do Cuidado (EAC), mestre em Ciências e pesquisador com trajetória dedicada à promoção da Cultura e da Ética do Cuidado. Na EAC, desenvolve projetos e percursos formativos centrados na escuta, memória, tecnologias ancestrais de cuidado e na construção de cenários futuros a partir do diálogo entre saberes tradicionais e abordagens interdisciplinares. Com 20 anos de experiência em territórios diversos, atua na interface entre saúde, educação e cultura.É idealizador do Projeto do Andarengo, uma pesquisa-expedição na qual percorreu mais de 20 mil quilômetros pelo Brasil profundo, investigando práticas de cuidado enraizadas em diferentes comunidades. Foi gestor no Sistema Único de Saúde (SUS) nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, e hoje conduz atividades formativas ao lado de mestres do conhecimento tradicional brasileiro, integrando diferentes formas de saber em propostas transformadoras.

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Interessadas em geral. Pessoas que cuidam, que escutam, que trabalham com cuidado. Educadores, profissionais de saúde, representantes de movimentos sociais etc.