Onde habitam as Miudezas, onde fazem morada?
Onde encontrar?
Como capturar?
Como não ficar indiferente?
Em um mundo que enaltece o grande, o espetáculo, a performance, qual seria o papel das Miudezas na manutenção da nossa humanidade?
Neste ciclo nos interessa falar das coisas pequenas... nos interessa botar reparo no ordinário, nas miudezas que nos habitam, mas que também se escondem na cidade dura de concreto, se espalham por esse imenso país em gestos ancestrais de cuidado do Brasil profundo, na sabedoria milenar indígena, ganham vida nos versos e imagens dos artistas, se tornam matéria prima da educação e nos conectam ao Cosmos.
Por meio do olhar, sentir e pulsar de convidados artistas, educadores, antropólogos, astrônomos e autores indígenas vamos navegar pelo mar das miudezas, celebrando sua grandeza.
Miúdos somos neste vasto universo! Miúdos somos frente à máquina de moer gente do sistema vigente, mas enquanto preservarmos as miudezas, ainda haverá frestas, possibilidades, ainda haverá terra fértil para uma nova humanidade florescer.
Do dicionário:
miudezas
s.f.pl. de miudeza
1.1.
artigos miúdos, de pouco valor; quinquilharias.
Como o Ciclo (nos) acontece
de 02 a 07/06
Encontros online de terça a sexta das 19h30 às 21h30 - Sábado das 10h às 12h
100% online e ao vivo!
Se você não puder assistir a todos os encontros ao vivo, informamos que eles são gravados e disponibilizados aqui em nossa plataforma de estudos. Os participantes inscritos no ciclo terão 3 meses de acesso às gravações e referências, além do certificado digital de 30h.
Você realiza a matrícula e já acessa o boas-vindas e informações importantes do curso.
Bruna Ribeiro
Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), com estágio doutoral em Pamplona (Espanha), realizando estudos de aprofundamento no Núcleo de Estudos Avançados da Infância na Universidade Católica Portuguesa (UCP), situada em Porto/Portugal. É mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pedagoga, especialista em educação infantil. Atua há mais de 20 anos na área da Educação Infantil, tendo atuado como consultora para importantes instituições, como: Ministério da Educação (MEC), UNESCO e como colaboradora para o selo UNICEF Brasil. Atuou em pesquisas na Fundação Carlos Chagas/FCC e coordenou pesquisas, avaliações, formações e escutas de crianças em diferentes estados brasileiros. Atuou mais de 10 anos como consultora da Divisão de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, onde assessorou o município na construção dos Indicadores da Qualidade do município e do Currículo da Cidade: Educação Infantil. Autora dos livros: Pedagogia das Miudezas: Saberes necessários a uma pedagogia que escuta (2022) e Reivindicando uma abordagem participativa com DNA brasileiro: uma utopia em construção (2024). Organizadora do livro: Abordagens Participativas na Educação Infantil: saberes necessários para nos manter em voo (2023). É idealizadora e coordenadora da Pós-Graduação: Pedagogia das Miudezas na Educação das Infâncias: sobre epistemologias, utopias e teimosias, em curso pela A Casa Tombada.
Quem Estará Conosco? O que Vamos Estudar?
Encontro 1 - 02/06 - Tratado de manoelês archaico: antropologia da pessoa miúda com Prof. Dr. Marcos Miyashiro Ferreira-Santos
Sinopse: Reflexões e provoca-ações sobre a antropologia da criança na perspectiva da mitologia comparada, da antropologia do imaginário (gilbert durand) e da experiência de mais de quatro décadas com educação infantil não-escolarizada pautado (musicalmente) pelas revelações poéticas de manoel de barros e a experiência corporal e concreta (merleau-ponty e gaston bachelard) de jardineiro como paradoxal destinação (nikolay berdyaev). O miúdo traste do chão necessário para quem quer fazer contrastes.
Marcos Miyashiro Ferreira-Santos - Negríndio, jardineiro, artesão, folklorista e professor aposentado de mitologia (USP), semeador de filosofias ancestrais, de sumak kawsay e do pan-africanismo, cultivador de bonsai tropical e penjing - eterno aprendiz... professor visitante de mitohermenêutica em universidades no brasil, espanha e latinoamérica; pesquisador vinculado ao cri2i - centre de recherches internationales sur l'imaginaire
Encontro 2 - 03/06 - Pedrinha é miúda, não invisível: o cuidado que mora na vida ordinária com Rodrigo Carancho
Sinopse: Nada é mais necessário do que o cuidado para conservar a vida. Elemento central sem o qual não estaríamos aqui contando a história da humanidade. No entanto, a casa do cuidado é feita de pedrinhas miúdas, por vezes quase invisíveis. É no cotidiano pequeno e simples que o cuidado ocupa a sua posição mais importante. Embora simples, nunca estará desprovido da complexidade do que é viver. Neste encontro faremos um passeio por sobre a importância do cuidado nas sutilezas do cotidiano e o quanto estamos percorrendo uma grande rede de interdependência. Contaremos as histórias das pedrinhas miúdas que pavimentam o nosso caminho e o quanto isso nos dá lugar de pertencimento e dignidade. Para isso, vamos beber de fontes interdisciplinares em diálogos com inúmeras histórias de comunidades tradicionais brasileiras.
Rodrigo Carrancho - Fundador da Escola Aberta do Cuidado, educador, pesquisador e sanitarista. Consultor da ONU-Global Pulse. Profissional com 20 anos de experiência no campo do cuidado ligado a territórios diversos, em interface com os campos da saúde, educação, direitos humanos e cultura. Idealizador do Projeto do Andarengo, pesquisa-expedição na qual percorreu mais de 20.000 km pelo território brasileiro, investigando a cultura do cuidado a partir de histórias do Brasil profundo em comunidades tradicionais. Foi gestor no Sistema Único de Saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo, atuando estrategicamente na construção de políticas públicas para o cuidado. Na Escola Aberta do Cuidado, dedica-se à promoção da Cultura do Cuidado por meio de consultoria e percursos formativos que envolvem escuta, tecnologias ancestrais de cuidado, economia do cuidado, saúde mental e cenários futuros, articulando saberes tradicionais e princípios interdisciplinares.
Encontro 3 - 04/06 - Nunca ancorar apenas num único porto de vista com André Gravatá e Serena Labate
Sinopse: Nosso encontro será sobre como as miudezas aguçam nossa percepção e ampliam nossos sentidos, nos movem para diferentes pontos e portos de vistas, para que nos perguntemos como os bichos veem o mundo, como as plantas sentem o mundo, como a poeira se movimenta. Vamos compartilhar com vocês nossa história com a poesia que se moveu por anos no "jornal das miudezas" e realizar pequenas proposições que nos aproximam da arte, das infâncias e do agora.
André Gravatá - Poeta e educador. Escreveu os livros Converseiro da natureza, O jogo de ler o mundo, O pulo da carpa, O aniversário da terra, Inadiável, entre outros. Com o coletivo Educ-ação, dedicou-se a uma jornada por espaços de aprendizagem em diversos países, que culminou na escrita do livro Volta ao mundo em 13 escolas. Foi um dos criadores da Virada Educação e coautor do livro Poéticas Públicas, que conta experiências coletivas que aproximam arte e território. Com a artista Serena Labate, criou o Sorver Versos, que reúne as criações que realizam juntos, como o jornal das miudezas e a publicação Cartas a jovens educadores/as.
Serena Labate - Artista visual, educadora e acupunturista. Como artista já participou de exposições coletivas no Brasil e no exterior. Desde 2015 trabalha criando projetos gráficos e ilustrações para publicações artísticas independentes, através do Sorver Versos juntamente com o poeta André Gravatá, como o jornal das miudezas e a coleção Mapas de Visitação. Educadora desde 2010 em projetos sociais e em instituições culturais foi também colaboradora do coletivo Movimento Entusiasmo, que desenvolveu ações de educação não-formal em escolas públicas da região do centro da cidade de SP, como por exemplo a Virada Educação.
Encontro 4 - 05/06 - A vida em si: A magia do currículo baseado na vida com Thiago Berto
Sinopse: Um relato de um jovem que percorreu o mundo por 3 anos em mais de 75 países, na busca de um sentido mais profundo para sua vida; em sua viagem descobre um intenso desejo em colaborar com a sociedade no campo da educação, retorna à sua cidade, Guaporé, para fundar a Cidade Escola Ayni, um espaço que une as diferentes iniciativas pedagógicas que conheceu pelo mundo. Um momento ímpar de aprendizado, autoconhecimento e de repensar a essência da vida! Thiago irá nos contar sobre sua experiência de voluntariado em países como Butão e Peru, reflexões e aprendizados tendo como cenário o Caminho de Santiago de Compostela, a travessia do Vietnam de moto e sua viagem também de moto cruzando as américas do Alasca ao Uruguai visitando projetos de educação. Jornada que resultou na Cidade Escola Ayni - Educação e Sustentabilidade, uma escola inspiradora para adultos e crianças localizada na serra gaúcha.
Thiago Berto - Fundador e diretor da Cidade Escola Ayni. Movido por uma busca profunda por propósito, percorreu o mundo por três anos, visitando mais de 75 países. Durante essa jornada, atuou como voluntário em países como Butão e Peru, trilhou o Caminho de Santiago de Compostela, atravessou o Vietnã de moto e cruzou as Américas do Alasca ao Uruguai, explorando iniciativas educacionais inovadoras. De volta ao Brasil, fundou a *Cidade Escola Ayni*, um espaço transformador na Serra Gaúcha que integra diferentes abordagens pedagógicas e promove educação e sustentabilidade para crianças e adultos.
06/06 – Tekoá: uma arte milenar indígena para o bem-viver com Kaká Werá
Sinopse: Há um pulsar ancestral que ecoa pelos tempos, um sussurro antigo que nos chama de volta às raízes da existência. Tekoá é um termo que tem várias camadas em seu sentido, a depender do contexto. Quando se entrelaça com a palavra ‘porã’, cujo significado depende de sua dança a partir daquilo que se enuncia, ressoa uma filosofia ancestral que encapsula a arte do bem-viver.
Tekoá nos apresenta a uma cultura fascinante que, apesar de fazer parte das raízes do povo brasileiro, soará nova para muitos de nós. Tekoá é um convite para vivermos as nossas próprias aventuras de autoconhecimento à luz da sabedoria milenar guarani.
Somos todos parte de um grande círculo, entrelaçados pela teia invisível da vida. A respiração que nos anima é a mesma que agita as folhas das árvores, a mesma que faz as ondas dançarem no oceano. Nosso destino está entrelaçado, nossos caminhos como os galhos de uma árvore ancestral. Este é o convite para nos reconectarmos com nossas origens, para mergulharmos nas águas profundas da sabedoria dos povos originários, com o objetivo de descobrirmos, juntos, o verdadeiro significado de viver em harmonia com toda a criação.
Kaká Werá - Escritor, ambientalista e conferencista brasileiro indígena do povo tapuia. É fundador do Instituto Arapoty, empreendedor social da rede Ashoka de Empreendedores Sociais e conselheiro da Bovespa Social & Ambiental. Leciona, desde 1998, na Universidade Holística Internacional da Paz (Unipaz) e na Fundação Peirópolis. Já fez conferências sobre respeito à diversidade cultural no Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Índia, México e França.
07/06 - O ser humano, a miudeza do Cosmo. O universo olhando para si próprio com Eder Ricardo Canalle
Sinopse: Neste encontro, percorreremos a vastidão do Universo - suas incontáveis galáxias e sistemas planetários, suas escalas que desafiam a compreensão - em busca de uma nova perspectiva sobre nosso lugar nessa imensidão cósmica. Por milênios, civilizações em diferentes regiões da Terra olharam para os céus e nele projetaram suas culturas e mitologias. Dos povos da Mesopotâmia, dos Egípcios e dos gregos antigos aos astrônomos modernos, nossa espécie tem desenvolvido técnicas e tecnologia para compreender melhor o Universo que observamos e do qual fazemos parte. Neste encontro, vivenciaremos um caminho de descobertas.
Eder Ricardo Canalle - Professor de Astronomia da Escola Municipal de Astrofísica de São Paulo e do Planetário do Ibirapuera por seis anos, até 2017. Foi divulgador científico no Observatório Abrahão de Moraes, da Universidade de São Paulo, de 2012 a 2016. Atuou como astrônomo pelo Museu Aberto de Astronomia (MAAs), em Campinas, São Paulo, de 2019 a 2020.
Em 2017, fundou o projeto Astronomia no Verde, por meio do qual atualmente realiza cursos, palestras e observações do céu noturno e do Sol com telescópios.
É membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Associação Brasileira de Planetários (ABP).
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Bolsas de Estudo
A Casa Tombada, como parte de suas ações para o enfrentamento às desigualdades históricas, ao racismo e às violências estruturais, oferece bolsas integrais de estudo para pessoas negras, indígenas, trans e com deficiência.
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