Curso de Formação Cultural: Modos de um livro nascer
Um curso promovido para autores/as de literatura infantojuvenil quilombola e cigano.
De 24 a 28 de março de 2025
das 18h30 às 21h
100% online, com aulas síncronas ao vivo, pela plataforma zoom e gravações disponibilizadas pela plataforma digital d’A Casa Tombada.
3 meses após a conclusão do curso.
Certificado digital a todas as pessoas que concluirem a formação
Inscrições gratuitas
Proposta Pedagógica
O curso tem como objetivo dialogar com quilombolas e ciganos/as que querem se tornar autor/a de livro para as infâncias. Principalmente quem desejar se inscrever no I Prêmio Nacional de Literatura Infantojuvenil para pessoas Quilombolas e Ciganas, promovido pelo Diversifica-UFRB e pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR). No curso que terá 6 (seis) encontros com9 (nove) autores/as diversos/as no intuito de que possam compartilhar seus conhecimentos e suas experiências no processo de criação do livro, seja na escrita ou na imagem. O espaço de formação será um grande diálogo para que todo mundo que tem o desejo ou que já cria livros possa compreender que é possível participar da premiação. Os cursistas serão convidados a olharem para seus cotidianos e perceberem a potência de suas histórias para ter a certeza de que tem histórias para contar, basta perceber que o seu “cotidiário”, o seu transbordar pode afetar o outro e é relevante. No curso, os/as professores/as vão responder à pergunta de como as miudezas e grandezas de suas/nossas histórias viraram literaturas.
O curso será on-line, terá seis encontros, com duas e meia horas de duração cada aula, destinado às pessoas quilombolas e ciganas.
No curso vamos conversar sobre como as miudezas e as grandezas
das nossas histórias podem virar literaturas.
Os(as) cursistas serão convidados(as) a olharem para seus cotidianos, com a intenção de perceberem a potência das suas histórias - as reais e/ou as fictícias - e, em seguida, se apropriarem do direito de as narrarem.
A tomada de consciência de que suas histórias são relevantes para si e para o outro é o ponto de partida para fazerem do seu “cotidiário” matéria da literatura, transbordando-o em escritas que podem interessar a um público leitor ávido por adentrar as cosmologias quilombola e cigana, tanto no Brasil como em outros países lusófonos.
Cronograma de encontros
Encontro 1 - 24/03
Diversifica e Mir– fala de abertura
Ananda Luz – Livro-corpo-território: encontros e vozes que ecoam
Ananda Luz é mestra em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER/UFSB) e hoje coordena os cursos de pós-graduação “O Livro Para a Infância” e “Educação e Relações Étnico-Raciais” n’A Casa Tombada, SP. Foi curadora, no SESC Bom Retiro, da exposição “Karingana – Presenças negras no livro para as infâncias” no Sesc Bom Retiro-SP e criou o projeto “Bamberê – Entre livros e infâncias” que hoje é um coletivo e compartilha livros e leituras para todos os cantos. Curadora e idealizadora com Jéssica Silva do projeto Odú: arte e territorialidade que dialoga com artistas negros/as/es, indígenas e afro-indígenas na Bahia. Pesquisadora e educadora, também realiza curadoria de acervos literários e foi jurada de prêmios como 30 Melhores do Ano da Revista Crescer e Leia Com Uma Crianças - Itaú. Autora, com Isabel Malzoni, do livro “Eu devia estar na escola”, publicado pela editora Caixote em parceria com a Redes da Maré. É parte do coletivo de autores/as do livro “Infâncias e Leituras”, organizada pela Márcia Licá e publicado pela editora Pulo do Gato.
Encontro 2 - 25/03
Carol Fernandes – das escutas das crianças a criação literária
Carol Fernandes é artista e autora de livros ilustrados, nasceu em 1987 em Belo Horizonte (MG) e atualmente mora e trabalha em Sabará (MG). Conheceu a literatura durante sua graduação em pedagogia na Faculdade de Educação da UFMG e descobriu seus próprios textos e imagens. Cria utilizando técnicas analógicas e digitais, escreveu e ilustrou os livros Coração do Mar (2019, Crivo Editorial), Se eu fosse uma CASA (2020, Tuya Edições) e Fevereiro (2023, Editora Caixote). É coautora dos livros Dandara Guerreira em Cordel (2022, Mazza Edições), Cosmonauta (2022, Aletria), Absurdos (2023, Tuya Edições) e Terra (2024, Companhia das Letrinhas), entre outros. Em 2023, foi a ilustradora convidada do 5º Festival Literário Internacional de Belo Horizonte – FLIBH.
Rodrigo Andrade – percepções do cotidiário na criação de um livro
Rodrigo Andrade era apaixonado por bibliotecas e livros ilustrados quando pequeno. Estudou Artes Gráficas, especializou-se em desenvolvimento para web e hoje trabalha na área da educação digital, desenvolvendo conteúdo multimídia e animações.
Já ilustrou diversos textos de autores, como "O black power de Akin" e" Akili está feliz", de Kiusam de Oliveira, "Do Òrun ao Àiyé – A criação do mundo" de Waldete Tristão e seu primeiro livro como único autor "O que mamãe não sabe...".
Buscar formas criativas de abordar o lúdico e a diversidade, em todos os sentidos, é uma constante em seus desenhos. O espírito do menino negro das bibliotecas, cheio de imagens na cabeça, está sempre em tudo o que faz.
Encontro 3 - 26/03
Mafuane Oliveira – da oralidade a literatura
Mafuane Oliveira é Contadora de histórias, atriz, educadora, escritora, graduada em pedagogia e mestra em artes cênicas pelo Instituto de Artes da UNESP. Tem dedicado suas pesquisas e publicado artigos relacionados aos temas da memória, performance, oralituras amefricanas, literatura infanto-juvenil e culturas da infância, é co-autora dos livros “Tatu tá cavucando: dez anos de Grupo Terreiro de Investigações Cênicas: teatro, ritual, brincadeiras e vadiagens” e “Doma: Saberes Negros e enfrentamento ao racismo.” Idealizadora da Cia Chaveiroeiro, projeto de narração de histórias e formação de professores, apresentadora do programa de televisão Contos Rá-Tim-Bum e podcaster do UNICEF Brasil, no projeto “Deixa que eu Conto”. É autora do livro “Cinderela do Rio”, que apresenta a perspectiva afrobaiana do conto clássico “A Gata Borralheira”, co-autora do livro “Mesma Nova História” finalista do prêmio Jabuti 2022 na categoria melhor livro infantil. Atualmente é consultora de projetos culturais e educacionais relacionados à oralidade, literatura, arte e educação étnico-racial, e colaboradora no Projeto Fazedoras de Memórias Negras da Casa Sueli Carneiro. Com alcance nacional e internacional representou o Brasil em diversos eventos educacionais e artísticos.
Davi Nunes – A história que vira livro
Davi Nunes é doutor em Letras/Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-RIO. Publicou os livros Bucala: a pequena princesa do Quilombo do Cabula (2019), Zanga (2018), Banzo (2020) e Um dia para famílias negras (2021).
Encontro 4 - 27/03
Marcilânia Gomes Alcântara Figueiredo – a poética na escrita de nós
Marcilânia Gomes Alcântara Figueiredo é cigana da etnia Calon, pedagoga formada pela UFCG, licenciada em Educação Física e pós-graduada em Neuroaprendizagens pela UNOPAR. Professora em Sousa-PB, destaca-se como pesquisadora e difusora da cultura cigana, sendo idealizadora do projeto "As diversas cores da minha cultura", premiado pela Lei Paulo Gustavo e destaque no Prêmio Professores do Brasil (2018). Desde a infância, Marcilânia atua com culinária e medicina tradicional cigana, aprendendo com sua avó. Iniciou sua trajetória artística como dançarina no Grupo Flor Cigana em 1996 e, desde 2009, integra o Grupo Dirachin Calin, onde narra a história dos ciganos por meio da dança e da música. Além disso, desenvolve materiais didáticos, ministra palestras e eventos online sobre a cultura cigana. Quebrando paradigmas, foi a primeira mulher cigana da sua comunidade a ingressar e concluir o ensino superior. Atualmente, trabalha com na Escola Irmã Maria Iraides Holanda Lavor, onde desenvolve o projeto " As diversas cores da minha cultura" que trabalha as narrativas ciganas transformadas em contos.Em 2024, publica seu primeiro livro de literatura infantil, "Marcy e as Castanholas Mágicas", com apoio da Lei Paulo Gustavo e da editora Arribaçã.
Cristiane Rogerio - e tudo isso na escrita para um prêmio.
Cristiane Rogerio é mestre em arte-educação pelo Instituto de Artes-Unesp. Jornalista de formação, está desde 2005 trabalhando na revista Crescer como curadora de livros para a infância, sendo hoje responsável pela lista Os 30 Melhores Livros Infantis do Ano e pela coluna mensal Livros que Amamos. Desde 2014 faz trabalhos com o Sesc em diversas unidades, em cursos e palestras na área dos livros para as infâncias. É autora do livro Carmela Caramelo (com André Neves, ed Cortez) e outros como colaboradora nos temas educação, reportagem e pesquisa.
Encontro 5 - 28/03
Heloisa Pires Lima – escrever sobre nós: porque precisamos ler muitos mundos
Heloisa Pires Lima é gaúcha de Porto Alegre, é doutora em antropologia social. Desde 1995 ela atua no circuito editorial, ora escritora, ora editora ou, pesquisadora da área. A origem continental africana é o destaque em suas abordagens. Em especial, vale lembrar de alguns marcos da trajetória editorial de Heloisa. Ela coordenou a coleção Orgulho da Raça (ed Memórias Futuras,1995), criou e foi editora da Selo Negro Edições - Grupo Summus editorial (1998-2002), consultora do programa Livros Animados-Canal Futura/ Fundação Roberto Marinho, inserido no Guia de Tecnologias Educacionais do MEC (2004-2006). Mais recentemente, vem desenvolvendo consultorias tanto na esfera pública (MEC e SMEs), privada, quanto Ongs nacionais e internacionais (Unesco, Ceert, Cenpec.). É Conselheira da Casa Sueli Carneiro onde está curadora do Rodas Literárias. Recentemente, ministrou cursos relacionados à área editorial no A Casa Tombada onde é professora convidada para a pós-graduação - O livro para a Infância. Coordenou o Catálogo da exposição Karingana/ SESC Bom Retiro. Jurada do prêmio Jabuti 2022. Autora de trinta títulos, entre eles, Histórias da Preta (Cia das Letrinhas, 1998) e, O catavento selecionado para os 30 melhores do ano 2024/ Revista Crescer. Destaque Emília/ Selo Emília – Reconhecimento pela excelência literária. Selo Altamente Recomendável FNLIJ. Em 2024, Heloisa foi agraciada com o Prêmio Luiza Mahim/ Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania concedido no 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino - Americana e Caribenha.
Josias Marinho – quando a minha/a nossa história vira livroJosias Marinho é professor-artista na Universidade Federal de Roraima, UFRR, e autor de Benedito (Caramelo, 2014). Três de suas publicações foram contempladas com a Selection of Brazilian writers, illustrators and publishers Bologna Children's Book Fair em 2014, 2012 e 2010: Zumbi dos Palmares em cordel (Madu Costa. Mazza Edições, 2013), O príncipe da beira (Mazza Edições, 2011) e Omo-oba: histórias de princesas (Kiusam de Oliveira. Mazza Edições, 2009), respectivamente. Seu trabalho mais recente como ilustrador (O mar de Manu, Yellowfante, 2021. Texto de Cidinha da Silva) foi vencedor do prêmio APCA 2021 (Associação Paulista dos Críticos de Arte de São Paulo) na categoria “livro infantil”.
Encontro 6 - 29/03
Diversifica - Alinhavando tudo – vamos tirar as dúvidas?
Acesse o Edital do Prêmio: https://www2.ufrb.edu.br/diversifica/editais/35-i-premio-nacional-de-literatura-infantojuvenil-para-quilombolas-e-ciganas
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Fique tranquilo, você poderá participar desse curso em até 3 meses após a matrícula.
1Boas-vindas
Curso de Formação Cultural: Modos de um livro nascer
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