Online
De 28/07 a 02/08/2025
horário dos encontros: de segunda a sexta das 19h30 às 21h,
sábado das 10h às 11h30
Este Ciclo nasceu, como tudo n’A Casa, de um desdobramento de outro estudo. Explicamos: Luiz Rufino - que também é uma das vozes que compõem essa vibração comunitária de esperança - disse no último encontro de um curso que ministrou recentemente por aqui: “eu me pergunto por que a gente trabalha com educação? porque a gente sente esperança". Essa frase, da maneira que foi enunciada, ecoou profundamente por aqui e transformou-se em pergunta: o que sentimos para seguirmos na construção e manutenção de um lugar que afirma outros modos de existência para além daqueles que estão levando milhões de pessoas ao redor do mundo a uma vida exaustiva? O que nos faz afirmar que o cultivo da sensibilidade é um caminho para radicalizarmos a disputa por uma sociedade que seja alegre, equânime, amorosa, celebrativa, viva? Porque algumas pessoas sentem esperança e outras tantas, estão em desespero? Sentir esperança pode significar alguma fé ingênua de que as coisas vão melhorar? Isso tem a ver com alguma ilusão que nos faz desviar do horror que nos atravessa? Há alguma diferença relevante entre “ter esperança" e “sentir esperança" da qual precisamos elaborar conjuntamente? Para o professor Paulo Freire a esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Freire inventa um outro verbo: o esperançar. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir. Mas como não sentir o desejo de desistir frente a uma torrente de notícias sobre atrocidades e pulsões de morte que criam em nossos corpos uma vertigem que nos coloca desequilibrados frente a um precipício? O filósofo Byung-Chul Han apresenta a ideia da esperança como uma força capaz de transcender a lógica do consumo e da positividade tóxica da sociedade contemporânea. Para Han, a esperança não surge do vazio, mas da crítica, da percepção da negatividade e do reconhecimento da dor e do sofrimento. O filósofo argumenta que a dor e o sofrimento são partes integrantes da experiência humana e que negá-los pode levar à superficialidade e à falta de vínculos autênticos. A esperança radical, como ele nomeia, não se esgota em satisfações imediatas, mas reside na capacidade de crítica, na abertura ao futuro e na aceitação da negatividade como parte da experiência humana. A esperança radical implica em rupturas com padrões estabelecidos, na busca por novas formas de ser e estar no mundo, e na abertura a experiências que transcendam o mero imediatismo. Para sentirmos nossos corpos vibrarem essa esperança radical, convidamos 6 pessoas que afirmam cotidiariamente novas formas de ser e estar no mundo, que estão nessa abertura a experiências que transcendem o mero imediatismo.
Serão 6 dias ininterruptos de 28/7 a 2/8, de segunda a sexta-feira e no sábado, para vibrarmos modos de sentir, pensar, dizer como cada pessoa convidada vive essa esperança radical ou como imaginam ser possível vivê-la. Durante a semana, os encontros acontecem das 19h30 às 21h e no sábado das 10h às 11h30. Será uma alegria poder encontrar as pessoas ao vivo, mas sabemos que muitas vezes não é possível essa presença síncrona em todos os encontros, por isso, são sempre gravados e disponibilizados no dia seguinte pela manhã. Os encontros gravados também vão ficar disponíveis por até 3 meses após a realização do Ciclo, para que possamos revisitá-los com calma durante um período. Que possamos fazer desses encontros fontes do fortalecimento de nossa energia vital coletiva!
Agradecemos imensamente a presença das pessoas convidadas e de você que se sentirão de alguma forma vinculadas com essa experiência!
Abraço fraterno e até lá,
Ângela Castelo Branco
Giuliano Tierno
Sócio-fundadores d’A Casa Tombada
Investimento
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O que as pessoas falam e sentem dos ciclos realizados n'A Casa Tombada
Giuliano Tierno
28/07/25 - Encontro 1 - Luiz Rufino
Luiz Rufino é professor da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), professor permanente do Programa de Pós-graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias (PPGECC-UERJ) e autor de diversos livros, entre eles Pedagogia das Encruzilhadas (Mórula, 2019), Vence-Demanda: educação e descolonização (Morúla, 2021), Ponta-Cabeça: educação, jogo de corpo e outras mandingas (Mórula, 2023), o infanto-juvenil Ossain, o mago curador no jardim da vida (Arolê, 2023) e parceiro de Luiz Antonio Simas em Fogo no Mato- a ciência encantada das macumbas (Mórula, 2018), Flecha no Tempo (Mórula, 2019) e Encantamento- sobre política de vida (Mórula, 2020), com Simas e Rafael Haddock-Lobo escreveu Arruaças- por uma filosofia popular brasileira (Bazar do Tempo, 2021). Cazuá- onde o encanto faz morada (Paz e Terra, 2024) é o seu livro mais recente.
29/07/25 - Encontro 2 - Renato Noguera
Renato Noguera é doutor em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor do Departamento de Educação e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas e coordenador do Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias. Com pesquisas nas áreas de educação (estudos das infâncias e com crianças) e filosofias africanas e indígenas, escreveu Mulheres e deusas: como as divindades e os mitos femininos formaram a mulher atual e O ensino de filosofia e a Lei 10.639. Noguera também é autor, dramaturgo e roteirista de histórias infantis.
30/07/25 - Encontro 3 - Bia Machado
Bia Machado é pesquisadora em Educação e Filosofia da Educação. A maior parte de suas pesquisas consiste no estudo do “Conhecimento Encantado”, isto é, o conhecimento produzido pelas sociedades pré-desencantamento do mundo, sobretudo as confluências entre as chamadas tradições irmãs (Judaísmo, Cristianismo e Islam), presentes em várias manifestações no período medieval. Formada em Psicologia, Doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo, com tese em Filosofia da Educação, autora do livro “Sentidos do Caleidoscópio” – ED. Humanitas.
31/07/25 - Encontro 4 - Fátima Freire Dowbor
Fátima Freire Dowbor é formada em Pedagogia pela PUC de São Paulo, Fátima Freire Dowbor também possui graduação em Filosofia pela Universidade de Coimbra; em Línguas Romanas, pela Universidade de Varsóvia, e em Psicopedagogia, pelo Instituto Jaques Rousseau. Já atuou como educadora em diversos países e, atualmente, presta assessoria pedagógica a diversas instituições, além de integrar o conselho do Instituto Paulo Freire. Em 2020, lançou o livro Quem educa marca o corpo do outro, Editora Cortez.
01/08/25 - Encontro 5 - Bel Santos Mayer
Bel Santos Mayer é educadora social, mestra em ciências pelo Programa de Pós-graduação em Turismo da Escola de Artes, Cultura e Humanidades da USP (PPGTUR/EACH/USP) pesquisando as relações entre Turismo, Mobilidades e Leitura a partir de uma biblioteca comunitária. Bacharel em Turismo, Licenciada em Ciências Matemáticas, tem especialização em Pedagogia Social. Desde os anos 1980 atua em organizações não governamentais facilitando processos de criação de Centros de Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes (CEDECAs) e de bibliotecas comunitárias gerenciadas por jovens. Foi uma das criadoras e coordenadoras do Prêmio Educar para a Igualdade Racial do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). É empreendedora social da Ashoka, docente de “Mediação de Leitura” na pós-graduação Literatura para Crianças e Jovens do Instituto Vera Cruz, coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC), integrante do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos, Democracia e Memória do Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP). É co-gestora da Rede LiteraSampa, finalista do Prêmio Jabuti 2019. Foi curadora da 11ª Edição do Prêmio São Paulo de Literatura, é do Conselho Curador do 63° e do 64° Prêmio Jabuti. Prêmios recebidos: “Retratos da Leitura no Brasil-2018”; “Estado de São Paulo para as Artes-2019”; “67° Prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes na categoria Difusão de Literatura Brasileira”.
02/08/25 - Encontro 6 - Beá Machado
Nasceu em Bangu, um dos muitos subúrbios do Rio de Janeiro. Cresceu, por isso, em uma cidade muito diferente da tal cidade maravilhosa. Seu ponto de encontro e de partida nunca foi a praia, mas sim a linha do trem. Quando saiu de Bangu, levou o subúrbio consigo e todo o fundamento que a formou, afinal, foi o chão do subúrbio que lhe ensinou a andar. Daí surge sua primeira série de pinturas: “O Subúrbio é dentro da gente”. Com o título inspirado no romance Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, afirmou que mesmo saindo de Bangu, levaria pra sempre todos os aprendizados e vivências dentro de si. Em 2024, iniciou sua segunda série de pinturas chamada “Altares, festas e fé” na qual pesquisou a íntima relação entre o sagrado e profano e a partir daí fabula espaços que caminham entre altares e prateleiras de bar, cultos religiosos e rodas de samba. Preenche esses espaços sagrados enaltecendo mulheres que tiveram a vida atravessada pelo samba e que foram fundamentais para a história do Rio de Janeiro – principalmente do meu Rio de Janeiro – mas que não tiveram seu devido valor na história.
qualquer pessoa interessada em viver essa esperança radical ou como imagina ser possível vivê-la
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